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Publicação original na coluna Fala Vagalume! publicada pela BambuSC
Olá bambuzeiros da BambuSC!
Aqui fala o Marcos Marques…opa…Marcos Vagalume e minha história com bambu começou em viagens pela Ásia, nos meus tempos de mochileiro! Tailândia, Filipinas, Vietnã, Índia….em todos esses países o uso do bambu para construções, artesanato, utensílios gerais e alimentação, vem de longa data.
Foi num curso de permacultura na Austrália, no ano 2000, que o potencial ambiental, social e econômico do bambu ficou muito evidente. Como engenheiro civil, minha primeira prioridade era a construção…mas o uso na propriedade rural para evitar erosão, ajudar no tratamento de efluentes, criar barreiras de vento, gerar renda com a venda de mudas….tudo isso se somou aos usos que já conhecia das viagens e me mostrou que o bambu é a espécie vegetal mais sustentável que existe!!
A partir daí comecei a estudar o bambu e decidi que a primeira coisa a fazer era….
Plantar!! Plantar e Plantar!!!
Conheci o Professor Marco Pereira da UNESP, que estava estudando e plantando no campus de Bauru. Ele criou um viveiro de mudas de diversas espécies, consideradas
prioritárias pelo INBAR – International Network for Bamboo and Rattan, organização internacional com sede na China dedicada ao estudo e popularização do bambu.
Selecionei espécies que podem ser usadas para construção, móveis, artesanato e alimentação. Em 2003, iniciei o plantio no Sitio Vagalume, localizado em Rancho Queimado. Reflorestar uma área degradada, com solos ácidos e pedregosos, no clima frio da serra catarinense, com ocorrência de geadas e até de neve! Um grande desafio!!
Nessa época organizei um curso em Florianópolis com o professor Marco Pereira em 2004. Ao final o pessoal estava bem empolgado e ali surgiu um grupo de estudos de bambu que um ano depois deu origem a BambuSC – Associação Catarinense do Bambu.
Os trabalhos no Sitio Vagalume e a primeira presidência da BambuSC foram meus cartões de visita para participar como convidado do governo da China de um curso de 2 meses no CBRC – China Bamboo Research Centre, em Hangzhou. Muita informação técnica e teórica além de visitas a plantios e fábricas onde se processa o bambu em forma de brotos comestíveis, pisos, móveis, luminárias, incensos, bebidas, enfim, um aprendizado enorme e riquíssimo!
Com essa coluna mensal, a convite do presidente Thiago Ornellas, me proponho a contar histórias e tratar de assuntos de interesse dos bambuzeiros!
Nosso tema do próximo mês será a batalha para recuperar uma área degradada e transformá-la em uma área fértil e produtiva com o plantio de bambu!
